quarta-feira, abril 18, 2007

Momento de poesia

Hoje decidi trazer um pouco de cultura e seriedade ao meu blog. Para não dizerem que é só palhaçada e javardice, decidi presentear-vos com um momento de poesia. Trata-se de um poema de autor desconhecido, que julgo ser o poema preferido do Sr. primeiro ministro. Desconfio que também deve ser o poema preferido do Castelo Branco, Cláudio Ramos, Carlos Castro e outros afins...
Sem mais delongas, eis a obra para vosso escrutínio...


O CUME

No alto daquela serra
Semeei uma roseira
O mato no Cume arde
A rosa no Cume cheira

Quando cai a chuva grossa
A água o Cume desce
O orvalho no Cume brilha
O mato no Cume cresce

Mas logo que a chuva cessa
Ao Cume volta alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no Cume ardia

E quando chega o Verão
E tudo no Cume seca
O vento o Cume limpa
E o Cume fica careca

Ao subir a linda serra
Vê-se o Cume aparecendo
Mas começando a descer
O Cume se vai escondendo

Quando cai a chuva fria
Salpicos no Cume caiem
Abelhas no Cume picam
Lagartos do Cume saem

À hora crepuscular
Tudo no Cume escurece
Pirilampos no Cume brilham
E a lua no Cume aparece

E quando vem o Inverno
A neve no Cume cai
O Cume fica tapado
E ao Cume ninguém vai

Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o Verão
O gelo do Cume cai
E todos ao Cume vão
Autor desconhecido

10 comentários:

  1. Rui e Pandora:
    Hehehehehe!!! :D

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  2. Só para não plagiar o Rui e a Pandora:

    Ahahahahahahahahahaah!

    Abraço!

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  3. O meu avô costumava recitar de cor algumas quadras deste "puema".

    Porque o trouxeste aqui e em homenagem a ele,nascido em 1896 e que no passado dia 10 teria completado 111 anos, deixo-te o meu CUtributo:

    Ao Cume chegam nervosos
    Estes que agora vos mando
    Do Cume saem cheirosos
    Do Cume partem rimando


    JPG - o sineiro

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  4. P.S. - MUITO IMPORTANTE!

    Faltou-me a Dedicatória:
    Aos políticos

    um abraço

    JPG - o sineiro

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  5. jpg:
    Eu teu avô seria certamente um homem bem disposto.
    A quadra é fantástica e enquadra-se maravilhosamente.
    Um Abraço.

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  6. O meu avô era um tipo giríssimo, com aquela pronúncia cerrada do norte!

    Mas a quadra é minha e original, feita na ocasião para a tua página.
    esta a verdade!

    um abraço!

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  7. Olá!
    E com esta poesia popular se faz cultura em Portugal.
    É por isso que este país nunca deixarei de amar.
    (amar rima com cagar...e depois?)

    Obrigado pela tua visita e pelo comentário à 1ª parte das aventuras do tímido e azarado Reinaldo.

    Abraço

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