quinta-feira, janeiro 11, 2007

Movimentos de cidadania


Quem disse que o povo Português não é capaz de se organizar, contra medidas do governo está muito enganado. A prová-lo estão os 14 movimentos pelo "não" no referendo contra o aborto, contra os 5 pelo "sim".
Há aqui algo que me intriga profundamente. O que há de tão visceralmente errado, irracional e herético em dar à mulher o poder de escolha numa questão que afecta toda a sua vida futura? Não sei, mas o que é certo é que esta questão incomoda muita gente, como provam os movimentos a favor do não, que escondem a verdadeira questão para tentar manipular a opinião pública levando-a a pensar que quem votar sim é a favor do aborto. Não é verdade!!! Eu pessoalmente, sou contra o aborto, mas sou a favor da liberdade de escolha da mulher. Penso que as mulheres devem ter o direito de tomar a decisão de terminar logo no início uma gravidez indesejada, quer seja por motivos pessoais ou económicos, do que ter uma criança no mundo que por não ter sido desejada vai ser rejeitada pelos pais, ou então uma criança que por falta de condições económicas vá passar necessidades que terão consequências graves quer na sua vida, quer na vida dos pais. Já para não falar nas graves consequências para as mulheres que por falta de opção, se entregam nas mãos de qualquer carniceiro num vão de escada... Um aborto feito num sítio indicado para o efeito, permite que a mulher mais tarde volte a engravidar. Uma mulher que faz hoje um aborto, pode ter várias razões para o fazer, que vão desde motivos psicológicos até motivos económicos. Ora a vida dá muitas voltas, e esta mesma mulher pode no futuro desejar ser mãe por já se encontrar preparada ou porque simplesmente já tem possibilidades económicas para criar uma criança. Se a mulher ficar estéril por causa de um aborto mal feito, nunca mais poderá ter filhos, ao passo que uma mulher que abortou num sítio com condições de saúde e higiene, poderá mais tarde vir a ser mãe.
Choca-me o modo como esta questão, que deve apenas depender da consciência de cada um, é tornada numa questão política e religiosa com frases do tipo: "Financiar clínicas de aborto com os meus impostos? Não obrigado!" ou, como disse o bispo da Guarda "O aborto é uma forma de exclusão social!". Isto é demagogia pura! O que está em discussão é se deverá ser permitido à mulher tomar a decisão de abortar num local com condições. Se o "sim" vencer ninguém é obrigado a fazer abortos, como querem fazer pensar, passa apenas a existir o direito de escolha.
Para terminar, apraz-me ver que afinal o povo português sempre se consegue mobilizar e organizar em movimentos contra medidas que não desejam. Pena é que estes mesmos movimentos não se formem contra medidas do governo, tais como: O aumento do pão, o termos o gás mais caro da UE(38% acima da média europeia) e a 4ª electricidade mais cara(24% acima da média europeia), os supranumerários da função pública, a precaridade dos contratos de trabalho, as pensões miseráveis, os despedimentos colectivos de empresas que se deslocalizam, as medidas constantes de aperto nas vidas dos Portugueses motivadas pelo malfadado PEC, etc, etc, etc...
Estas questões não são muito mais importantes que o referendo do aborto? Parece que não, pois não vejo movimentos contra estas medidas...


P.S.- Escrevi sempre aborto em vez de IVG, para não ser acusado de não chamar as coisas pelos nomes.

15 Comments:

Blogger Rui Martins said...

e que repara que nalguns desses movimentos pelo Não quem entregou os caixotes de assinaturas foram...

homens.

será que não encontraram nenhuma mulher disposta a dar a cara?

12:45 da tarde  
Blogger Kaos said...

Eu até tinha decidido não falar deste assunto no meu blog, mas a pouca sériedade mostrada até agora fizeram com que eu não podesse ficar calado. Concordo com tudo o que dizes, e basta ver quem são os apoiantes do não para me arrepiar todo.
abraço

2:19 da tarde  
Blogger Outsider said...

Rui:
É interessante ver homens tão activos numa questão que diz respeito essencialmente à mulher...
Um Abraço.

7:18 da tarde  
Blogger Outsider said...

Kaos:
Eu também tinha decidido não falar disto, mas toda a demagogia e mentiras que tenho visto levaram-me a não aguentar mais e ter de dizer alguma coisa.
Um Abraço.

7:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Nuno: Estou numa posição muito próxima da tua. A nível pessoal sou contra, mas conhecendo a nossa sociedade, também reconheço a necessidade do Sim. Tendo em conta alguns casos ( alguns dos quais cá por Viseu ) com crianças espancadas, violadas, assassinadas, realmente penso se esses infelizes inocentes não teriam podido ser poupados a uma existência miserável, sofrida e curta... Pensando nisto chego mesmo à radicalidade de considerar que certas pessoas nem devia poder colocar filhos no mundo. Mas isto já deve ser a minha raiva a falar mais alto. Infelizmente não temos um Estado que possa tomar conta destas crianças indesejadas/ vitimas... Isto é muito complicado! Mesmo do ponto de vista ético há muito que se diga. E realmente as mulheres têm o papel fundamental e devia ser elas a ter voz mais activa, mas os homens também não se podem descartar das suas obrigações, da sua responsabilidade.
Realmente anda por aí uma palhaçada em certas campanhas, que não são mais que movimentos politicos/religiosos, quando este é um assunto muito acima de politicas e religiões.

Abraço!

3:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Outsider
É realmente um assunto complicado... E a mim irrita-me especialmente a hipocrisia, porque parece ( eu escrevi "parece")que os movimentos do NÃO são contra o aborto feito pelas mulheres pobres; das mulheres sem problemas financeiros não reza a história...
Um dia destes, fiquei chocada: encontrei um folheto na caixa do correio, na 1ª página perguntava que ia acontecer em Portugal no ano de 2007, não sei quantos anos ( isto digo eu) depois das Aparições de Fátima e, nas páginas interiores, falava do não contra o aborto... T~em todo o direito de expor os seus argumentos, mas assim?
Eu também sou pela escolha livre.
Um abraço.
Outro assunto: deixei-te umas palavrinhas no contolivre; quando puderes...
Bom fim de semana.

5:10 da tarde  
Blogger euseinadar said...

Hoje apetece-me comentar quase os parágrafos todos! Porque o aborto é uma matéria complicada. Porque é uma matéria que vai muito para além dos seguidismos políticos e religiosos que motivam 90% das opiniões. Realmente é muito mais fácil seguir os outros que tomar decisões com base em argumentos e sustentadas por um raciocínio lógico. Então vamos lá...

1- Que esta questão incomoda muita gente, é verdade, mas tanto incomoda os partidários do não como incomoda os do sim. E se dizes que só os do Não andam a manipular a opinião pública, então não devemos estar a falar do mesmo assunto. Mais uma vez esta discussão pública vai resumir-se a uma série de insultos mútuos: "Assassinos!", dirão uns, "Ignorantes!", afirmarão os outros. Pois eu acho que a questão prende-se a argumentos muito mais sérios que "Na minha barriga mando eu" ou "Abortar é crime". Mas perante um povo ignorante como o nosso, que mal sabe ler, que outros argumentos poderão chegar às pessoas?

2- Depois vem a questão socioeconómica. Aqui temos realmente um ponto quente. Não deixo de reconhecer a sua pertinência, mas novamente não o acho um ponto-chave. Não digo que aqueles casos de crianças abandonadas e maltratadas não me deixe a pensar, mas será que maltratar a criança antes de nascer é a solução? Não acredito.

3- O aborto controlado clinicamente, seja ele cirúrgico ou químico, também não é isento de riscos. Certamente inferiores, mas também existem. Por isso não podemos prometer que a mesma mulher poderá engravidar novamente quando tiver dinheiro para ter um filho. E isto de ter dinheiro para ter um filho também tem que se lhe diga, particularmente num país onde toda a gente tem guita para telelés, para batermos os recordes de envio de sms no Natal, para encher as lojas neste perído de saldos, para ajudar a GE Money, o Cofidis, a Cetelem, etc., a enriquecer. Enfim... Posso até dizer que vejo muita gente, no meu exercício profissional, com rendimentos sociais de inserção e múltiplas ajudas financeiras da Segurança Social e que, no entanto, têm um telemóvel 3G melhor que o meu (o meu Ericsson T200)! Tudo na vida se trata de estabelecer prioridades. O motivo económico é, na quase totalidade das vezes, uma treta. Já os motivos sociais são outra coisa. Falo por exemplo dos filhos de toxicodependentes... Aí é que aperta o coração...

4- O direito de escolha...
Caramba é assim tão difícil tomar um caraças dum comprimido diário ou meter a gaita num saco plástico antes de fazer o servicinho??? Os centros de saúde dão-nos! De borla! A falta de uso de preservativo acaba por ser uma ironia Darwinista. Alguém tão estúpido ao ponto de arriscar acaba eliminado pela selecção natural... Ok, esta foi de mau gosto... Mas fica, pelo humor negro.
O que me ocorre é o seguinte: será assim tão retrógrado pedir às pessoas que assumam a responsabilidade dos seus actos? Bem sei que a cultura actual é de consumismo, do prazer imediato. Será uma coisa assim tão incompreensível pedir que cada um assuma as consequências dos seus actos? Um criança é a possível consequência de um acto sexual. Caramba, não é um cancro!

5- Argumentos demagógicos.
E dizer ou sugerir que os homens têm menos legitimidade para falar do aborto não é também um "argumento" demagógico? Já viram alguma criança nascer sem intervenção masculina? Eu não! Poirtanto os homens são interessados na mesma medida. A questão é que nesses casos de aborto, se calhar, os pais estão-se cagando para a criança e para a mãe. Mas isso não retira a legitimidade a todos os outros homens para ter uma opinião e para intervir! Caso contrário, no dia do referendo, só as donas das barrigas seriam chamadas a votar. E só aquelas que tivessem útero ou fertilidade comprovada!

6- Vi um representante do PS (acho que era o Vitalino Canas) a dizer que a argumentação do PS deveria ser apenas racional, científica e nunca moral ou ética. Nós não vivemos em sociedade? Os códigos de conduta, de convivência não têm fundamentos éticos e morais? É errado tomar decisões com base em princípios éticos e morais? É matéria politicamente incorrecta?

E é melhor terminar por aqui. Para quem só leu a primeira e a última linha fica aqui um resumo: votarei não mas respeito quem vota sim e, acima de tudo, 90 dos que votarão vão fazê-lo de acordo com o que o Sócratres diz ou o padre diz, sem sequer meditarem um pouco no assunto. Mas é esse o princípio: quanto menos responsabilidades tivermos, melhor, seja a responsabilidade a de escolher um rumo para o país ou trazer um filho ao mundo...

9:57 da tarde  
Blogger Outsider said...

euseinadar:
Já estou satisfeito por ter feito o post, pois com este teu comentário ficamos com uma visão dos "dois lados da questão", numa troca de ideias clara, sem demagogias, como devia ser feita a campanha deste referendo. Antes de mais nada deixa-me dizer-te que pessoalmente sou 100% contra o aborto, no entanto sou a favor da liberdade de escolha. Mas, vamos lá ao comentário do comentário...

1- Tens razão ao dizer que a questão incomoda os dois lados, mas não posso deixar de ficar com a impressão de que incomoda mais o lado do não. Quando dizes que a campanha se vai resumir a uma troca de galhardetes, sem um debate sério de ideias, não tenho a menor dúvida. Mas do que eu falo não é disso. Eu estou a falar dos outdoors que estão na rua e que não reflectem qual é verdadeira questão do referendo. Achas que um outdoor que diz: "Financiar clinicas de aborto com os meus impostos? Não obrigado." não é demagógico? Eu acho que sim. A questão do referendo não é se concorda ou não com o aborto, a pergunta é se está de acordo que seja despenalizado o aborto até às dez semanas por decisão da mulher. É isto que tem que ser explicado às pessoas. Votar sim, não quer dizer que se seja a favor do aborto, quer dizer que se concorda em dar liberdade de escolha a quem pretender fazê-lo. Ora eu que sou contra o aborto, voto sim, porque acho que todas as mulheres devem ter o direito de opção nesta questão e não só as que têm dinheiro para o ir fazer ao estrangeiro.
Mas já estou à espera, como dizes, de uma campanha "assassinos"/"ignorantes", sem qualquer tipo de esclarecimentos sérios...

2- A questão sócio-económica é de facto muito importante. Na minha perspectiva é um ponto chave, senão, pensa no seguinte. As mulheres que tiverem dinheiro poderão sempre abortar sem problemas, pois podem fazê-lo no estrangeiro, e as que não têm posses?

3- É claro que o aborto controlado clinicamente também tem riscos, mas comparativamente estamos a falar de uma disparidade descomunal. Quanto a estabelecer prioridades, dou-te toda a razão. Neste país desbarata-se dinheiro em tudo o que aparece na televisão ou que é bonito ter, sem pensar nas consequências. Mas uma criança indesejada pelos pais, nunca vai ser uma criança feliz pois vai ser rejeitada, ou pior ainda, maltratada pelos pais. Ainda recentemente tivemos o caso da morte daquela menina por maus tratos dos próprios pais. Nos motivos sociais, já disseste tudo...

4- Quanto ao direito de escolha, tens que pensar mais abrangentemente. É claro que se pode tomar a pílula ou usar preservativo, mas tens que pensar nos vários obstáculos que se podem ter para recorrer ao centro de saúde, que vão desde a vergonha até ao desconhecimento do fornecimento gratuito de contraceptivos. Pode ainda haver, quem pura e simplesmente não queira dar a cara no centro de saúde, pois são conhecidas e não querem que ninguém saiba que são sexualmente activos. Claro que se pode sempre defender que quem não está protegido deve ter abstinência, mas a carne é fraca...
Como é óbvio, as pessoas deviam assumir a responsabilidade dos seus actos, mas se assim fosse não precisávamos de tribunais, pois quem cometesse crimes assumia-os de imediato e sabemos que o ser humano não funciona assim.
É claro que uma criança não é um cancro e as pessoas deviam assumir as suas responsabilidades, mas sabemos bem que não é assim e no fim quem acaba por sofrer mais são as crianças.

5- É óbvio que os homens têm toda a legitimidade para falar no aborto, mas um homem pode como disseste, cagar na mãe e na criança e pôr-se a andar, enquanto a mulher fica abandonada e com uma criança no ventre. Por isso acho que as mulheres têm um pouco mais de legitimidade para falar, mas como é óbvio todos os cidadãos têm o direito de opinar e intervir e o dever de expressarem essa sua opinião através do voto, pois é uma questão que afecta a sociedade.

6- Acho que em termos de moral, o representante do PS tem toda a razão, pois se vivemos num estado laico, a moralidade e ética dependem de cada um individualmente, não cabe a ninguém pregar a moralidade/ética desta ou daquela questão. Além disso ninguém será obrigado a ir contra os seus principios morais e éticos, pois por exemplo um médico que seja contra o aborto, pode recusar-se a efectuá-lo mesmo que a lei seja aprovada. Por isso acho que não é matéria politicamente incorrecta, mas acho incorrecto os psrtidos ou outros virem pregar moralidade.

Em resumo, somos ambos contra o aborto, mas vamos votar de maneira diferente no referendo. de acordo com a nossa consciência. O que mais me agrada é que ambos conseguimos expressar as nossas opiniões livremente, numa troca de argumentos saudável e sem partirmos para a demagogia e o insulto.
Infelizmente o que disseste na tua penúltima frase é bem verdade, 90% vão votar de acordo com o que diz o padre ou o político de quem gostam, sem se darem ao trabalho de reflectir sobre a questão. Voltamos ao ninguém querer assumir as responsabilidades pelas suas decisões...

Muito obrigado por teres proporcionado esta agradável troca de argumentos que só veio enriquecer este meu cantinho da blogosfera e mostrar que é possivel debater serenamente e sériamente esta questão. Bem hajas.
Um grande Abraço.

12:42 da manhã  
Blogger euseinadar said...

Eu ainda tentei não responder à resposta, para não monopolizar a conversa, mas também aqui a carne é fraca, eheheh!
Ponto 1- Os "outdoors" do PS, em rima, não são demagógicos? "Abstenção para manter a prisão?" e outros que basta andar por aí e ler...
Ponto 4- Para além dos contraceptivos gratuitos nos centros de saúde, também os há em qualquer farmácia, para se poder comprar livremente. Mas mesmo assim qualquer doente tem direito ao sigilo médico, pelo que o seu historial clínico não será revelado.
Ponto 6- Obviamente que o Estado deveria ser laico. Não sei se já o é. Talvez, na prática, ainda não o seja. É claro que não deve pregar moral religiosa. Mas a Ética é algo que é supra-partidário, supra-religioso. Naturalmente, na Moral das várias religiões e mesmo nos nossos códigos legais, os princípios Éticos estão espelhados. Mas isso não significa que são propriedade da religião A ou do partido B. A Ética é, no fundo, uma reflexão filosófica. Talvez seja um pouco "a busca do Bem". Perante isto não vejo como colide com a laicidade do Estado. Todas as nossas leis, a começar pela Lei Fundamental, a Constituição da República, reflectem os valores Éticos, referentes a este espaço e a este tempo. Portanto, a Lei tem uma dimensão Ética inerente ao seu próprio estatuto. Dizer que este assunto não deve ser discutido no ponto de vista Ético, parece-me mais uma preocupação do "politicamente correcto". É uma frase irreflectida. Até pode ter sido dita um pouco no sentido que tu referiste, mas não é uma afirmação que eu considere correcta. Se ele tivesse dito que deveríamos discutir sem emitir juízos, creio que o significado já seria aceitável.
Era isto que tinha para dizer e não consegui conter!
Abraço!

2:03 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Assino por baixo a tua reflexão serena, lúcida e avisada.

E estou contigo na história dos movimentos que não existem...surpreendentemente...ou não!
Sim á Liberdade de escolha, sim ao amor por um filho desejado,ou seja, não a um que o não é!

Um grande abraço.

2:33 da tarde  
Blogger Outsider said...

euseinadar:
Meu amigo, fizeste muito bem em responder, como sabia que farias, ou não te conhecesse há mais de vinte anos...

1- Tens razão. Estes outdoors são também demagógicos, mas mantenho a minha opinião muito pessoal, que são menos que os do não.

4- O problema não é o sigilo médico, essa quetão nunca se poria. O problema é a pessoa ser reconhecida por alguém que trabalhe ou seja utente desses centros de saúde.

6- Neste ponto tens também razão quando dizes que a ética não colide com a laicidade do estado. Apesar de achar que cada um de nós segue os seus próprios principios éticos, estou de acordo que a frase mais correcta teria sido, uma discussão sem emitir juízos.

Foi uma conversa muito agradável e esclarecedora, em que conseguimos provar que é possivel discutir um tema "quente" como este, com serenidade e seriedade, explanando os nossos pontos de vista e aceitando e rebatendo argumentos de acordo com o que achamos correcto. Estou muito contente por o termos feito e tenho pena que os nossos políticos não sejam capazes de fazer o mesmo.
Um grande Abraço.

2:19 da manhã  
Blogger Kaotica said...

Estou muito de acordo contigo, meu amigo. Há dias que andava para escrever um post sobre este assunto e foi ao ler o teu que encontrei o meu modo de falar nisto. Obrigada por mais essa ajuda.
Desejo-te uma excelente semana!
Abraços

3:13 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Cá venho de novo, porque aqui apeteve vir...

E só quero agora acrescentar que espero e desejo que a maioria dos votantes não se deixe enganar pela exprapolação que se tem vindo a fazer da questão em causa: é, ou não, um crime a IVG praticada dentro do que a lei determina? Deve ,ou não, ser penalizada a mulher por tal acto? Deve , ou não, o povo português acertar as horas pelo relógio da civilização moderna ou ficar para sempre agarrado a conceitos religiosos que, na prática e ao longo dos séculos, só fabricaram vítimas das parteiras de vão-de-escada e filhos criados, ou abandonados, no desamor?

Um abraço.

11:01 da manhã  
Blogger Outsider said...

Jorge:
Fico muito grato por esta nova visita. És sempre muito bem vindo!!

Estou contigo, há que esclarecer qual é a verdadeira questão e não centralizar a discussão em ser a favor ou contra o aborto.

Um Abraço

1:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um questão pertimente e actual. Como tanto já está dito, apenas te digo que também eu sou pelo sim porque pela liberdade de escolha!
jinhos

8:18 da tarde  

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