terça-feira, outubro 31, 2006

Energia renovável

O consórcio Eólicas de Portugal (EP) recebe hoje, em Viana do Castelo, "luz verde" para a formação de uma nova fileira industrial a produção de aerogeradores. O "maior projecto energético de sempre" no país, num investimento de 1750 milhões de euros, criará, até 2008, 1800 empregos (700 directos) mas, segundo o presidente das EP, Aníbal Fernandes, a partir daí podem ser gerados cinco mil indirectos ao ano (ver entrevista).
A adjudicação da licença para instalar 1200 megawtts de potência eólica no âmbito do concurso lançado em Julho de 2005 é hoje atribuída às EP, numa cerimónia em Viana do Castelo onde será lançada a "primeira pedra" das fábricas que vão ficar nos estaleiros daquela cidade (ENVC).
As unidades vão produzir, em média, 150 aerogeradores por ano, ficando operacionais até finais de 2008. Após satisfeitas as necessidades do concurso (2012/2013), explica Aníbal Fernandes, vão dedicar-se "quase em exclusivo" a exportar, com um impacto de 180 milhões de euros todos os anos na balança."Até aqui o país só produzia 20% das máquinas e vai tornar-se independente e exportador", destaca. As regras do concurso obrigam o vencedor a manter as unidades industriais até 2017, mas o responsável acredita que "quem investe assim, é para ficar".
Projecto industrial
O "cluster" industrial inclui sete fábricas de raiz, que abrem faseadamente entre 15 de Outubro de 2007 e 15 de Agosto de 2008. Cinco destas unidades industriais estarão localizadas em Viana do Castelo - pás de rotor, assemblagem e geradores nos ENVC, torres de betão e fibra de vidro (Saertex) -, uma em Sever do Vouga (secções metálicas para torres de betão, a cargo da A. Silva Matos); e uma última em Braga (armaduras de ferro, pela DST). A componente industrial deste investimento ocupará um área total de 125 mil metros quadrados, 100 mil dos quais nos estaleiros de Viana do Castelo.
Está ainda prevista a criação de um centro de formação e investigação e um centro de logística e transporte, que vai dar um novo impulso aos ENVC, de onde as EP vão exportar para além Atlântico.Além da EDP (40%), integram as Eólicas de Portugal a Enercom (parceiro industrial), a Finerge, a Generg Expansão e a TP.
Ricardo David Lopes in JN


Ora cá está algo de positivo. Além de serem criados novos postos de trabalho, da injecção elevada de capital na nossa economia e do aumento das exportações, vamos ainda aumentar a nossa produção de energia éolica. A energia eólica é uma energia renovável, cuja única poluição é visual e sonora na sua produção (Não há forma de esconder os aerogeradores e as pás em rotação fazem bastante barulho). As vantagens desta energia superam em muito as desvantagens, pois trata-se de uma energia interminável e não poluente. A juntar à central fotovoltaica da Amareleja, considero que são excelentes noticias para o noso país. Um post para não ser só dizer mal. Se continuarmos assim vamos no bom caminho.
Um Abraço.

5 Comments:

Blogger tb said...

Se assim for... é bom. Portugal tem que se "mexer" para cumprir os prazos estipulados pela UE em relação às energias renováveis e alternativas.
Foi bom ler.
Jinhos

10:49 da tarde  
Blogger Rui Martins said...

como já disse algures, nesta área este goberno está no bom caminho... Aqui e na recusa do Nuclear proposta por certos "tubarões" da Finança...

3:12 da tarde  
Blogger José Pires F. said...

Sem dúvida que são excelentes noticias e só pecam por vir atrasadas.
Mas é como dizes. O reconhecimento do que é bom, não fica mal a ninguém, antes pelo contrário e o Sócrates, honra lhe seja feita, fez o seu melhor trabalho quando teve a pasta do ambiente no governo Guterres.

Nem me quero lembrar, mas foi por isso que votei nele.

Abraço.

4:48 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sim, isto são boas noticias... E vamos a ver em que ficarão as alterações em leis ambientais.


Abraço!

1:06 da manhã  
Blogger Kaos said...

Embora isto tornr as nossas paisagens mais feias sou 100% a favor das energias renováveis. Imortante agora é que se recuse definitivamente o nuclear (receio que um futuro governo mude as politicas).
abraço

2:13 da tarde  

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